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GRÂNDOLA VILA MORENA

Origem

Alentejo – José Afonso

Registos

Intérprete: O povo com Zeca Afonso ao vivo no Coliseu dos Recreios (1983)
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Outras Informações

“Grândola, Vila Morena” é uma canção emblemática composta e interpretada por José Afonso, também conhecido como Zeca Afonso. Originalmente escrita como um poema, a música tornou-se um marco na história de Portugal, especialmente durante a Revolução de 25 de Abril de 1974. A canção foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) como sinal para dar início à revolução que derrubou a ditadura do Estado Novo.

A canção foi composta em outubro de 1971, após José Afonso visitar a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, em Grândola, uma pequena cidade no Alentejo. A gravação aconteceu no álbum Cantigas do Maio, lançado em dezembro de 1971, com a direção de José Mário Branco. Embora a canção não tenha sido inicialmente concebida como um protesto, as mudanças feitas durante a gravação deram-lhe um significado político profundo, refletindo a luta contra o regime ditatorial vigente na época.

“Grândola, Vila Morena” rapidamente se tornou um símbolo da luta popular e, com o tempo, um hino da Revolução dos Cravos, um marco da história portuguesa que simboliza a transição para a democracia. A música, além de seu significado político, também passou a ser considerada um patrimônio cultural nacional, sendo amplamente reconhecida e respeitada por todos os setores da sociedade portuguesa.

Letra

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

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