Rua Padre António Vieira, Edifício da AAC, 3000-315 Coimbragefac.uc@gmail.com
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Estreia, 14 de Maio de 2009, Convento de São Francisco, Coimbra
SINOPSE
As cidades são espaços de mudanças rápidas, onde impera a velocidade, mas também locais moldados pelas suas memórias. Neste espectáculo queremos olhar para o espaço urbano e encontrar as suas memórias, procurando nos becos e esquinas, nas varandas e nos telhados, os segredos que têm para nos contar.
Num espectáculo onde prevalece uma opção pela linguagem corporal, partimos dos gestos do quotidiano, compilando-os, distorcendo-os, aumentando-os, para assim brincar com o conceito da velocidade corpórea inerente a todos os espaços urbanos. Queremos também, de modo inovador, as potencialidades expressivas dos gestos, hábitos e danças tradicionais, frequentemente associados ao mundo rural, para revelar o seu ponto de fusão com aqueles que se sentem ser os ritmos do quotidiano urbano.
Quem sabe se desta vertigem de linguagens não se descobre, afinal, um mesmo corpo, contador de histórias e confessor de memórias… Dessas que se levam, distraidamente, nas viagens entre os lugares e que nas quais já perdemos o mapa.
PROCESSO CRIATIVO
Se falamos do nosso próprio percurso, ou do percurso do espectáculo, talvez seja mais ou menos irrelevante desvendar. Encarámos sempre a nova produção do GEFAC como lugar pretendido de transição e mudança, não só em relação àquilo que constitui o produto artístico, como no que diz respeito à própria apresentação pública do grupo. Se, por um lado, debruçaríamos a temática do espectáculo sobre os espaços de transição, pretendíamos também que o espectáculo se afirmasse em si como reflexo de uma mudança-renovação no modo de pensar e operar de um organismo que conta já com 43 anos de existência. Construindo o nosso objecto artístico através de recursos tecnológicos, construções de cenário não convencionais ou figurinos adaptados à estética e às necessidades actuais, estaríamos a demarcarmo-nos de uma estética da etnografia tradicional que encara o etnográfico – ou seja o popular, o nacional – como antigo, rural e regional, e, ao mesmo tempo, estaríamos a promover um reencontro mais genuíno do GEFAC com aqueles que são os seus objectivos mais primordiais, específicos e singulares.
A nossa motivação para o presente espectáculo centrou-se, desde o início, na busca de memórias definidoras do espaço urbano. Fomos procurá-las às cidades, é certo, mas não adoptámos a visão linear de uma dicotomia rural/urbano que está sempre presente quando se pensa na caracterização da realidade nacional. O que pretendíamos com esta proposta era percorrer o caminho em sentido inverso: valorizar os aspectos relacionados com a contaminação do rural pelo urbano, explorar as tonalidades difusas da transição entre estas realidade, realçar a leitura que o urbano faz de si mesmo ao rever-se no rural, procurando as semelhanças e evidenciando os contrastes. No fundo, queríamos procurar a ruralidade em contexto urbano e a urbanidade em contexto rural.
Enfim, a cidade é o lugar de muitos lugares. E por isso haverá dela tantas visões diferentes como as pessoas que sobre ela querem ter uma visão… Aqui deixamos a nossa.
FICHA ARTÍSTICA/TÉCNICA
Concepção artística: Criação colectiva, a partir de um workshop orientado por Clara Andermatt
Concepção musical: GEFAC
Grafismo: GEFAC
Vídeo: GEFAC e Colectivo Nefasto
Imagens: GEFAC e Colectivo Nefasto
Desenho de luz: GEFAC e Gilberto Pereira
Cenografia: GEFAC
Figurinos: GEFAC
Produção: GEFAC
Nº de apresentações públicas: 17
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Estreia, 14 de Maio de 2009, Convento de São Francisco, Coimbra
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As cidades são espaços de mudanças rápidas, onde impera a velocidade, mas também locais moldados pelas suas memórias. Neste espectáculo queremos olhar para o espaço urbano e encontrar as suas memórias, procurando nos becos e esquinas, nas varandas e nos telhados, os segredos que têm para nos contar.
Num espectáculo onde prevalece uma opção pela linguagem corporal, partimos dos gestos do quotidiano, compilando-os, distorcendo-os, aumentando-os, para assim brincar com o conceito da velocidade corpórea inerente a todos os espaços urbanos. Queremos também, de modo inovador, as potencialidades expressivas dos gestos, hábitos e danças tradicionais, frequentemente associados ao mundo rural, para revelar o seu ponto de fusão com aqueles que se sentem ser os ritmos do quotidiano urbano.
PROCESSO CRIATIVO
Se falamos do nosso próprio percurso, ou do percurso do espectáculo, talvez seja mais ou menos irrelevante desvendar. Encarámos sempre a nova produção do GEFAC como lugar pretendido de transição e mudança, não só em relação àquilo que constitui o produto artístico, como no que diz respeito à própria apresentação pública do grupo. Se, por um lado, debruçaríamos a temática do espectáculo sobre os espaços de transição, pretendíamos também que o espectáculo se afirmasse em si como reflexo de uma mudança-renovação no modo de pensar e operar de um organismo que conta já com 43 anos de existência. Construindo o nosso objecto artístico através de recursos tecnológicos, construções de cenário não convencionais ou figurinos adaptados à estética e às necessidades actuais, estaríamos a demarcarmo-nos de uma estética da etnografia tradicional que encara o etnográfico – ou seja o popular, o nacional – como antigo, rural e regional, e, ao mesmo tempo, estaríamos a promover um reencontro mais genuíno do GEFAC com aqueles que são os seus objectivos mais primordiais, específicos e singulares.
A nossa motivação para o presente espectáculo centrou-se, desde o início, na busca de memórias definidoras do espaço urbano. Fomos procurá-las às cidades, é certo, mas não adoptámos a visão linear de uma dicotomia rural/urbano que está sempre presente quando se pensa na caracterização da realidade nacional. O que pretendíamos com esta proposta era percorrer o caminho em sentido inverso: valorizar os aspectos relacionados com a contaminação do rural pelo urbano, explorar as tonalidades difusas da transição entre estas realidade, realçar a leitura que o urbano faz de si mesmo ao rever-se no rural, procurando as semelhanças e evidenciando os contrastes. No fundo, queríamos procurar a ruralidade em contexto urbano e a urbanidade em contexto rural.
Enfim, a cidade é o lugar de muitos lugares. E por isso haverá dela tantas visões diferentes como as pessoas que sobre ela querem ter uma visão… Aqui deixamos a nossa.
FICHA ARTÍSTICA/TÉCNICA
Concepção artística: Criação colectiva, a partir de um workshop orientado por Clara Andermatt
Concepção musical: GEFAC
Grafismo: GEFAC
Vídeo: GEFAC e Colectivo Nefasto
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Desenho de luz: GEFAC e Gilberto Pereira
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