Rua Padre António Vieira, Edifício da AAC, 3000-315 Coimbragefac.uc@gmail.com
XIV Jornadas de Cultura Popular
XIV JORNADAS DE CULTURA POPULAR
abril a outubro de 2012
PROGRAMA
O Corpo e a Palavra
O Corpo e a Palavra são o mote para as XIV Jornadas de Cultura Popular, a realizar entre Abril e Outubro de 2012.
O objectivo principal destas Jornadas será, pois, o de descobrir e explorar o lugar do corpo e da palavra na cultura popular, tal como a vivemos e entendemos. Assim, tanto o corpo como a palavra (dita ou escrita) se assumem não tanto como meios de comunicação, veículos da linguagem, mas sobretudo como elementos primordiais com os quais construímos uma identidade e somente através dos quais podemos compreendê-la. O corpo e a palavra são o tema ideal para uma reflexão profícua e diversificada sobre a cultura popular, que o GEFAC procurará promover com a realização desta edição das Jornadas de Cultura Popular.
Espectáculos
“A viagem”, de Filipa Francisco
3 de Outubro 2012, Teatro Académico de Gil Vicente
A VIAGEM é uma criação desenvolvida pela coreógrafa e performer Filipa Francisco com o rancho folclórico de Riachos (Torres Novas) e bailarinos de Dança Contemporânea. O desejo de trabalhar com grupos de Dança Tradicional nasceu na Palestina: “Ao assistir a vários espectáculos em pequenas aldeias da região, apercebi-me que a Dança Tradicional toca questões tão actuais como entidade, género e liberdade. O acto de dançar para estes jovens de Ramalla era na verdade um grito de liberdade, uma forma de se libertarem das duras memórias da guerra”.
O processo de construção d’A VIAGEM estabelece pontes entre ‘mundos’ que não se cruzam nem dialogam com frequência e estimula o público para novas formas de fruição cultural, quer do objecto artístico, quer do património. Promove o encontro entre artistas locais da chamada Cultura Popular e artistas de Arte Contemporânea, com vista à transmissão de saberes e práticas que visem o enriquecimento mútuo, a manutenção das tradições na modernidade e a sua apropriação e reformulação.
Direcção artística: Filipa Francisco
Assistência de direcção artística: Pietro Romani
Figurinos: Ainhoa Vidal
Um projecto financiado por: Presidência do Conselho de Ministros/Secretaria de Estado da Cultura – Direcção-Geral das Artes
Exposição
Cava Vida
2 de Junho a 16 de Junho, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Sendo a morte e a sua ritualização um momento, por excelência, em que o material e o imaterial se confundem nas vivências culturais comunitárias, este tema não poderia deixar de ser considerado na organização destas Jornadas.
Foi nesse contexto que surgiu a ideia de recolher imagens, histórias e experiências de coveiros, com o objectivo de poder caracterizar melhor, por um lado, o exercício desta actividade e as pessoas que a exercem. Mas, por outro lado, com o propósito de dar a palavra a quem, por norma, se remete discretamente à função de enterrar os nossos mortos.
O objectivo deste projecto expositivo é, assim, mostrar um conjunto de entrevistas, registos fotográficos e fílmicos que logre caracterizar esta actividade e quem dela se ocupa, tanto em cemitérios pequenos de zonas rurais, como em cemitérios de maior dimensão nas zonas urbanas.
A exposição “Cava Vida” é a primeira fase de um projecto que se pretende maior através da publicação dos resultados destas recolhas, tornando-os acessíveis a todos os interessados.
Colóquio
O Corpo e a Palavra
2 de Junho, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
No seguimento dos Encontros a Pretexto e do Ciclo de Cinema Documental, terá lugar um colóquio que julgamos ser o espaço, por excelência, de reflexão e debate sobre o tema geral das Jornadas – O Corpo e a Palavra, fazendo a articulação entre todas as formas de abordagem ao tema efectuadas desde o início da programação das mesmas.
De modo a englobar as abordagens efetuadas, o colóquio terá como fio condutor o Ritual em diversas vertentes: Rituais de Iniciação, Rituais de Fertilidade e Rituais de Morte. Contando também com a apresentação de um projeto de recolha e tratamento de depoimentos de coveiros realizado pelo GEFAC como complemento às Jornadas de Cultura Popular.
Todos estes rituais são não só rituais de passagem, mas também celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade.
De um modo geral, trata-se de formas convencionais de instituir ordem em determinados aspectos da vida social: através da repetição e da formalidade que adquirem em diferentes grupos sociais, todos os rituais demonstram a capacidade de dar continuidade aos próprios grupos. Tanto podem acontecer em diferentes fases da vida dos indivíduos e/ou grupos como podem estar ligados a contextos religiosos ou profanos (quotidianos), sejam eles rituais de nascimento, rituais fúnebres, rituais escolares, ou quaisquer outros que marquem a passagem ou a alteração de um status social para outro.
Van Gennep em Os ritos de passagem, lembra precisamente que “para os grupos, assim como para os indivíduos, viver é continuamente desagregar-se e reconstituir-se, mudar de estado e de forma, morrer e renascer”.
Conversas
Encontros a pretexto
19 e 26 de Abril, 3, 10, 17 e 24 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
“Belo e Feio/ Grande e Pequeno”
Tratando-se de dicotomias impulsionadoras da arte humana desde os primórdios da sua História, como foram evoluindo os conceitos de beleza ao longo do tempo? Como o material se molda ao espiritual e como as representações do corpo na cultura popular caricaturam aspectos da psiqué humana?
Convidados: Delphim Miranda e Carlos Augusto Ribeiro. Moderador: Adérito Araújo
“Corpos Escritos”
Como surgem os nomes, apelidos e alcunhas, como se relacionam com as características físicas (corporais) de quem os carrega, como se imortalizam e transmitem? Como surgem as tatuagens, os piercings e outras manifestações de ornamentação corporal quase ancestrais? Quaisquer umas destas manifestações surgem não só como marcas que distinguem e identificam grupos sociais, mas também como adornos que cumprem o papel de tornar “legível” o corpo por intermédio de uma linguagem que não é a sua.
Convidados: Octávio Raposo e Ana Paula Guimarães. Moderador: Daniel Maciel
“Palavras do Corpo”
A arte ancestral de comunicação sem palavras, a comunicação com a voz que temos antes ainda de saber falar: o nosso corpo. Como nos movemos, como aprendemos a transformar os nossos gestos em objecto de contemplação e arte e como, através deles, aprendemos a transmitir ideias, sentimentos, mensagens.
Convidados: Ricardo Seiça e Leonor Barata. Moderador: Manuel Rocha
“Crime e Castigo”
Como se manifestam as diversas formas de expiação de pecados da alma por intermédio de castigos do corpo, como forma de reconciliação e perdão? De que forma o sofrimento infligido aos delinquentes compensa o delito praticado? Que legitimidade tem quem determina a pena do condenado? Como se passa da justiça privada à mediatização da justiça? Qual a origem e fundamentação da Vindicta Popular?
Convidados: Delfim Leão, Nuno Lopes. Moderador: Francisco Madeira Lopes
“Palavras que Curam”
Ocupando os espaços deixados (ainda) em branco pela medicina e pela ciência, as “doenças imaginárias” tornam etéreo o que materialmente não se explica, transpõem aqueles que são males do corpo para a alma, atribuindo simbologia a sintomas que por vezes não se manifestam de forma tangível.
Convidados: Ana Paula Guimarães e Pio de Abreu. Moderador: Vasco Nogueira
“Palavras de Eros”
Conferindo erudição ao que de mais telúrico há na relação com o nosso corpo, a palavra poética intensifica os sentidos e descreve o que, por vezes, só se sabe “dizer” com o corpo.
Convidados: João Curto, António Ventura e espetáculo dos D’arte São. Moderador: Catarina Alves
Ciclo de cinema
“Visita Guiada” (Tiago Hespanha, Portugal, 2009, 56 min)
8 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Todos os anos vêm a Portugal milhões de turistas à descoberta de um país, um povo e uma cultura. Muitos vão contactando com vários guias que lhes tentam passar uma visão da história e da identidade nacional. Visita Guiada toma como ponto de partida a construção desses discursos e a sua leitura, numa viagem de norte a sul de Portugal.
“O Salão Azul” (Luciana Hees, 2009, Moçambique, 19min)
15 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Filme desenvolvido no NOMADLAB, Laboratório de Cinema Documental entre Julho e Novembro de 2009, em Maputo. O NOMADLAB é levado a cabo pelos realizadores portugueses Luísa Homem e Pedro Pinho (produtora Terra Treme) em colaboração com o Festival do Filme Documentá-rio DOCKANEMA.
A rotina de um salão e sua cabeleireira deslizam ao som do rádio na periferia de Maputo. Aos poucos surgem outros personagens cujas vidas se interceptam. As imagens conduzem naturalmente a narrativa e levam o olhar a tudo aquilo que dispensa palavras.
“To Translate” (Pier Paolo Giarolo, Itália, 2008, 56min)
To Translate fala-nos da “viagem” das palavras entre um idioma e outro, transportadas pelo tradutor, que carrega as malas e nos guia. A linguagem torna-se um instrumento musical e o tradutor um padeiro que prepara o pão todos os dias.
“De Fúncion” (Jorge Tur Moltó, Espanha, 2006, 27min)
22 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Numa funerária, a morte converte-se em quotidianeidade e rotina. Também é o espaço onde tem lugar uma mise en scène.
“Das nove às cinco” (Rita Alcaire e Rodrigo Lacerda, Portugal, 2011, 52min)
22 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
É um documentário sobre trabalhadores de sexo em várias áreas (sex-shops, strip-tease, pornografia, prostituição) numa perspectiva laboral.
Exibição contará com a presença dos realizadores Rita Alcaide e Rodrigo Lacerda.
“Dance to the spirits” (Ricardo Íscar, Espanha, 2009, 78min)
29 de Maio, 18h, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Na aldeia de Nsola, nos Camarões, uma tribo Evusok tem rituais de cura próprios, o mais importante dos quais é a “dança dos espíritos”. Mba Owona Pierre é “aquele que cura”, aquele que trata as doenças do mundo dos espíritos que atacam o seu povo. Um filme que reflecte sobre a modernidade, a religião e a medicina.
“Máscaras” (Noémia Delgado, Portugal, 1975, 115′)
1 de Junho, Sessão especial, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Documentário sobre o desenvolvimento das festas de celebração do Ciclo de Inverno – do Natal à Quarta-Feira de Cinzas- que formam parte das Festas dos Rapazes no Nordeste Transmontano. Através de máscaras e rituais representa-se o ciclo do nascimento, a vida, e a morte.
XIV Jornadas de Cultura Popular
XIV JORNADAS DE CULTURA POPULAR
abril a outubro de 2012
PROGRAMA
O Corpo e a Palavra
O Corpo e a Palavra são o mote para as XIV Jornadas de Cultura Popular, a realizar entre Abril e Outubro de 2012.
O objectivo principal destas Jornadas será, pois, o de descobrir e explorar o lugar do corpo e da palavra na cultura popular, tal como a vivemos e entendemos. Assim, tanto o corpo como a palavra (dita ou escrita) se assumem não tanto como meios de comunicação, veículos da linguagem, mas sobretudo como elementos primordiais com os quais construímos uma identidade e somente através dos quais podemos compreendê-la. O corpo e a palavra são o tema ideal para uma reflexão profícua e diversificada sobre a cultura popular, que o GEFAC procurará promover com a realização desta edição das Jornadas de Cultura Popular.
Espectáculos
“A viagem”, de Filipa Francisco
3 de Outubro 2012, Teatro Académico de Gil Vicente
A VIAGEM é uma criação desenvolvida pela coreógrafa e performer Filipa Francisco com o rancho folclórico de Riachos (Torres Novas) e bailarinos de Dança Contemporânea. O desejo de trabalhar com grupos de Dança Tradicional nasceu na Palestina: “Ao assistir a vários espectáculos em pequenas aldeias da região, apercebi-me que a Dança Tradicional toca questões tão actuais como entidade, género e liberdade. O acto de dançar para estes jovens de Ramalla era na verdade um grito de liberdade, uma forma de se libertarem das duras memórias da guerra”.
O processo de construção d’A VIAGEM estabelece pontes entre ‘mundos’ que não se cruzam nem dialogam com frequência e estimula o público para novas formas de fruição cultural, quer do objecto artístico, quer do património. Promove o encontro entre artistas locais da chamada Cultura Popular e artistas de Arte Contemporânea, com vista à transmissão de saberes e práticas que visem o enriquecimento mútuo, a manutenção das tradições na modernidade e a sua apropriação e reformulação.
Direcção artística: Filipa Francisco
Assistência de direcção artística: Pietro Romani
Figurinos: Ainhoa Vidal
Um projecto financiado por: Presidência do Conselho de Ministros/Secretaria de Estado da Cultura – Direcção-Geral das Artes
Exposição
Cava Vida
2 de Junho a 16 de Junho, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Sendo a morte e a sua ritualização um momento, por excelência, em que o material e o imaterial se confundem nas vivências culturais comunitárias, este tema não poderia deixar de ser considerado na organização destas Jornadas.
Foi nesse contexto que surgiu a ideia de recolher imagens, histórias e experiências de coveiros, com o objectivo de poder caracterizar melhor, por um lado, o exercício desta actividade e as pessoas que a exercem. Mas, por outro lado, com o propósito de dar a palavra a quem, por norma, se remete discretamente à função de enterrar os nossos mortos.
O objectivo deste projecto expositivo é, assim, mostrar um conjunto de entrevistas, registos fotográficos e fílmicos que logre caracterizar esta actividade e quem dela se ocupa, tanto em cemitérios pequenos de zonas rurais, como em cemitérios de maior dimensão nas zonas urbanas.
A exposição “Cava Vida” é a primeira fase de um projecto que se pretende maior através da publicação dos resultados destas recolhas, tornando-os acessíveis a todos os interessados.
Colóquio
O Corpo e a Palavra
2 de Junho, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
No seguimento dos Encontros a Pretexto e do Ciclo de Cinema Documental, terá lugar um colóquio que julgamos ser o espaço, por excelência, de reflexão e debate sobre o tema geral das Jornadas – O Corpo e a Palavra, fazendo a articulação entre todas as formas de abordagem ao tema efectuadas desde o início da programação das mesmas.
De modo a englobar as abordagens efetuadas, o colóquio terá como fio condutor o Ritual em diversas vertentes: Rituais de Iniciação, Rituais de Fertilidade e Rituais de Morte. Contando também com a apresentação de um projeto de recolha e tratamento de depoimentos de coveiros realizado pelo GEFAC como complemento às Jornadas de Cultura Popular.
Todos estes rituais são não só rituais de passagem, mas também celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade.
De um modo geral, trata-se de formas convencionais de instituir ordem em determinados aspectos da vida social: através da repetição e da formalidade que adquirem em diferentes grupos sociais, todos os rituais demonstram a capacidade de dar continuidade aos próprios grupos. Tanto podem acontecer em diferentes fases da vida dos indivíduos e/ou grupos como podem estar ligados a contextos religiosos ou profanos (quotidianos), sejam eles rituais de nascimento, rituais fúnebres, rituais escolares, ou quaisquer outros que marquem a passagem ou a alteração de um status social para outro.
Van Gennep em Os ritos de passagem, lembra precisamente que “para os grupos, assim como para os indivíduos, viver é continuamente desagregar-se e reconstituir-se, mudar de estado e de forma, morrer e renascer”.
Conversas
Encontros a pretexto
19 e 26 de Abril, 3, 10, 17 e 24 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
“Belo e Feio/ Grande e Pequeno”
Tratando-se de dicotomias impulsionadoras da arte humana desde os primórdios da sua História, como foram evoluindo os conceitos de beleza ao longo do tempo? Como o material se molda ao espiritual e como as representações do corpo na cultura popular caricaturam aspectos da psiqué humana?
Convidados: Delphim Miranda e Carlos Augusto Ribeiro. Moderador: Adérito Araújo
“Corpos Escritos”
Como surgem os nomes, apelidos e alcunhas, como se relacionam com as características físicas (corporais) de quem os carrega, como se imortalizam e transmitem? Como surgem as tatuagens, os piercings e outras manifestações de ornamentação corporal quase ancestrais? Quaisquer umas destas manifestações surgem não só como marcas que distinguem e identificam grupos sociais, mas também como adornos que cumprem o papel de tornar “legível” o corpo por intermédio de uma linguagem que não é a sua.
Convidados: Octávio Raposo e Ana Paula Guimarães. Moderador: Daniel Maciel
“Palavras do Corpo”
A arte ancestral de comunicação sem palavras, a comunicação com a voz que temos antes ainda de saber falar: o nosso corpo. Como nos movemos, como aprendemos a transformar os nossos gestos em objecto de contemplação e arte e como, através deles, aprendemos a transmitir ideias, sentimentos, mensagens.
Convidados: Ricardo Seiça e Leonor Barata. Moderador: Manuel Rocha
“Crime e Castigo”
Como se manifestam as diversas formas de expiação de pecados da alma por intermédio de castigos do corpo, como forma de reconciliação e perdão? De que forma o sofrimento infligido aos delinquentes compensa o delito praticado? Que legitimidade tem quem determina a pena do condenado? Como se passa da justiça privada à mediatização da justiça? Qual a origem e fundamentação da Vindicta Popular?
Convidados: Delfim Leão, Nuno Lopes. Moderador: Francisco Madeira Lopes
“Palavras que Curam”
Ocupando os espaços deixados (ainda) em branco pela medicina e pela ciência, as “doenças imaginárias” tornam etéreo o que materialmente não se explica, transpõem aqueles que são males do corpo para a alma, atribuindo simbologia a sintomas que por vezes não se manifestam de forma tangível.
Convidados: Ana Paula Guimarães e Pio de Abreu. Moderador: Vasco Nogueira
“Palavras de Eros”
Conferindo erudição ao que de mais telúrico há na relação com o nosso corpo, a palavra poética intensifica os sentidos e descreve o que, por vezes, só se sabe “dizer” com o corpo.
Convidados: João Curto, António Ventura e espetáculo dos D’arte São. Moderador: Catarina Alves
Ciclo de cinema
“Visita Guiada” (Tiago Hespanha, Portugal, 2009, 56 min)
8 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Todos os anos vêm a Portugal milhões de turistas à descoberta de um país, um povo e uma cultura. Muitos vão contactando com vários guias que lhes tentam passar uma visão da história e da identidade nacional. Visita Guiada toma como ponto de partida a construção desses discursos e a sua leitura, numa viagem de norte a sul de Portugal.
“O Salão Azul” (Luciana Hees, 2009, Moçambique, 19min)
15 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Filme desenvolvido no NOMADLAB, Laboratório de Cinema Documental entre Julho e Novembro de 2009, em Maputo. O NOMADLAB é levado a cabo pelos realizadores portugueses Luísa Homem e Pedro Pinho (produtora Terra Treme) em colaboração com o Festival do Filme Documentá-rio DOCKANEMA.
A rotina de um salão e sua cabeleireira deslizam ao som do rádio na periferia de Maputo. Aos poucos surgem outros personagens cujas vidas se interceptam. As imagens conduzem naturalmente a narrativa e levam o olhar a tudo aquilo que dispensa palavras.
“To Translate” (Pier Paolo Giarolo, Itália, 2008, 56min)
To Translate fala-nos da “viagem” das palavras entre um idioma e outro, transportadas pelo tradutor, que carrega as malas e nos guia. A linguagem torna-se um instrumento musical e o tradutor um padeiro que prepara o pão todos os dias.
“De Fúncion” (Jorge Tur Moltó, Espanha, 2006, 27min)
22 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Numa funerária, a morte converte-se em quotidianeidade e rotina. Também é o espaço onde tem lugar uma mise en scène.
“Das nove às cinco” (Rita Alcaire e Rodrigo Lacerda, Portugal, 2011, 52min)
22 de Maio, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
É um documentário sobre trabalhadores de sexo em várias áreas (sex-shops, strip-tease, pornografia, prostituição) numa perspectiva laboral.
Exibição contará com a presença dos realizadores Rita Alcaide e Rodrigo Lacerda.
“Dance to the spirits” (Ricardo Íscar, Espanha, 2009, 78min)
29 de Maio, 18h, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Na aldeia de Nsola, nos Camarões, uma tribo Evusok tem rituais de cura próprios, o mais importante dos quais é a “dança dos espíritos”. Mba Owona Pierre é “aquele que cura”, aquele que trata as doenças do mundo dos espíritos que atacam o seu povo. Um filme que reflecte sobre a modernidade, a religião e a medicina.
“Máscaras” (Noémia Delgado, Portugal, 1975, 115′)
1 de Junho, Sessão especial, 18h00, Casa das Caldeiras, Sala do Carvão, Coimbra
Documentário sobre o desenvolvimento das festas de celebração do Ciclo de Inverno – do Natal à Quarta-Feira de Cinzas- que formam parte das Festas dos Rapazes no Nordeste Transmontano. Através de máscaras e rituais representa-se o ciclo do nascimento, a vida, e a morte.
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